Problemas com a Dé

Senti que minha admiracao por minha heroína nao poderia ser mantida em segredo, e decidi estabelecer contato... Coloquei um comentário no blog dela, e acho que nao foi tao bem sucedido... Ela nao entendeu muito bem exatamente a mensagem que quis passar, mas acho que nao foi só culpa do QI de dois dígitos da garota; reconheco que meu post pode ter sido um pouco genérico e confuso:


Puxa vida, Débora! Tá passando da hora de atualizar seu blog! Mais de uma semana já! Nunca te vi mas estou viciado no seu blog desde que mudei para Berlin; sempre que sinto saudades de BH leio seus posts e lembro a bosta que é o povo daí, aí a saudade passa... muito obrigado, e continue escrevendo!

matias | Email | Homepage | 15-04-2004 10:47:40


C vc odeia tanto o povo daqui, Matias, fique por aí mesmo e boa sorte, pq aqui vc não deve ter tido nenhuma...Se meus posts t fazem lembrar do qto aki é horrível, sinto dizer, mas t aconselho não entrar mais aqui, pq eu NUNCA quis passar a msg d q o Brasil é ruim...Tem problemas como todo país...Mas eu AMO o Brasil, e me orgulho d ser brasileira e de ter amigos brasileiros...T desejo tb bons amigos aí...Vc vai precisar...

Deh | 16-04-2004 20:55:31

Enfim, you win some, you lose some...

No entanto, uma análise de um autentico ex MonoBoy trouxe à tona uma discussao bastante interessante: seria a Dé uma impostora?? Leiam e decidam qual a verdade:

Tenho algumas considerações a fazer:

1_ a Dedé é realmente gatinha;
2_ Patricinhas não tem capacidade mental e motora de criar e manter um "fotoblog";
3_ Uma análise cudadosa revelou que todos os homens e alguns dos lugares frequentados por nossa querida heroína são tipicamente ZN WANNA BE (girls just wanna be, seria um nome mais apropiado para o blog);
4_ Verdadeiras patricinhas de BH não tiram fotos com o Rogério do Jota Quest tipo fã, elas são amigas do Rogérinho;
5_ E para terminar a derradeira prova de que Débora não é uma patricinha de verdade: ela não tem foto na Na Sala (mesmo que uma busca mais detalhada e minuciosa pela sua vida privada revele que ela já esteve em tão distinto clube para "pibinhos" de BH ela não é uma frequentadora, por tanto não faz parte do seleto grupo dos verdadeiros burgueses sem nada na cabeça de BH)

Conclusão: Nossa heroína não passa de uma impostora, uma falsa Patricinha.

Interrompemos a Programação Normal...

Só um breve hiato na minha missão tripulada de exploração berlinense para sugerir a todos meus amigos e amigas uma atividade absurdamente interessante e inútil. Desde uns tres dias pra cá acompanho as peripécias de uma confusa e deslumbrada imbecil da terrinha, que tropeça pela vida com o nome Débora sei lá das quantas... É uma patricinha doidinha que é a primeira na fila para quando lançarem a carteirinha para patricinha doidinha; seu fotolog é um registro fiel do quanto mineiros em geral conseguem ser manés, se realmente tentarem.

Encontrei essa pérola por acaso, procurando outras coisas, e, coincidentalmente, tinha uma foto dela no aniversário da Patty (outra amiga na fila) lá no café e, diz ela que tava com a "mó saudade d ir lá tomar 1 vinhozim, hehehe...". Vai entender... mas de qualquer jeito, só me interessei porque a Dé (sinto que somos íntimos, afinal ela já me contou tanto sobre sua vida!) é uma gatinha, e não resisti. Agora, infelizmente, estou viciado nas peripécias urbanas da minha querida Dedé. É melhor que novela, trapalhões e maconha juntos, a vida da minha ídola agora é meu tablóide diário.

Para quem quiser sacar como uma idiota vive em BH, confira o fotolog
www.blogdefotosdadeh.blogger.com.br/

E seu "Blog Oficial" (com diz ela)
www.girls_just_wanna_have_fun.blogger.com.br

Recomendo para todos, é uma ótima forma de entretenimento, uma montanha-russa de abreviações estranhas e pouco convencionais, algumas até questionáveis quanto à real economia de energia digitacional (tipo, ksa para casa ... será que realmente vale a pena?), a debbinha realmente se superou. Com sua trupe de amigos chamados Mauro e Gu e Gui e Wal e Patty e Lu e Ju e Rafa e blá e blá e blá, ela atravessa destemida a selva urbana e desbrava a noite belorizontina como ninguém.

Palmas para a Dé, que, apesar de retardada, tem uns peitões bem bacanas!

A frieza germanica e o calor dos vinhedos do sul italiano

A mãe dos meninos dos quais cuido tem um primo que mora em Stuttgart, com sua adorável esposa e alguns filhotes. Ora, Berlin é uma cidade infinitamente mais interessante que Stuttgart, onde, dizem, o sotaque é terrivelmente incompreensível até para alemães de outras regiões. Sendo assim, o primo achou uma idéia interessante visitar Berlin, durante aproximadamente uma semana, o que gerou um pequeno jantar para o primo e sua esposa, o que, consequentemente, gerou um convite para o Matias que, desesperado por convívio social com pessoas não estudantes de alemão provenientes da Turquia, China e América do Sul, aceitou prontamente.

No começo do jantar, fiquei extremamente confuso; a formalidade dos presentes, (não no sentido e Sie ao invés de du; não uma formalidade linguística, nem formalidade tipo jantar de negócios, mais no sentido de conhecidos vagamente semi-íntimos, nada agressivamente familiar...) me fez duvidar da clareza da comunicação anterior, que estabeleceu ser o sujeito primo de minha empregadora e, durante aquela noite, anfitriã. Após séria consideração, cheguei à conclusão que fossem primos de décimo-oitavo grau, primos mais por convenção do que por sangue, teoria prontamente descartada após um comentário casual estabelecer o pai dele como irmão do pai dela. Talvez ainda tivessem tido pouco contato, pouca intimidade... Claro que sempre há a opção fácil nessas situações, que pouco acrescenta ao meu crescimento espiritual, de achar que esses alemães são uns loucos varridos e foda-se... Mas geralmente tento evitar esse tipo de desistencia tão preguiçosa.

Para meu alívio e deleite, a resposta apareceu, como se, num passe de mágica, a compreensão fosse além da barreira cultural e linguística, como se a essencia humana de cada um se tornasse clara!

Após o consumo de, aproximadamente, 3 garrafas de vinho, por sinal bastante agradáveis (das quais, confesso, consumi minha parte!), o tratamento entre os presentes tornou-se, repentinamente, tão brasileiro que até me assustou um pouco; eu, numa tranquilidade e serenidade alcoólica, e meus anfitriões alemães discutindo casualmente temas de cunho bastante íntimo (com direito a tradução semi-simultanea) e a decibéis latino-americanos, ainda por cima! Claramente, os alemães precisam, mais do que brasileiros, de forte lubrificação social, facilmente disponível nas várias lojas especializadas pela cidade, algumas vendendo vinhos na faixa de 1€ a 250€...

Básicamente, foi uma noite super agradável, mostrando que até esses alemães malucos sabem ficar descontraídos e tranquilos...

No entanto, uma gatinha semi-bebada que sentou na minha frente no metro uma madrugada dessas pra tras durante uns 40 minutos recusou estabelecer qualquer tipo de relação mais próxima do que uma troca de olhares acidental a cada 5 minutos, aproximadamente... Próxima semana vou escrever sobre o olhar (ou falta de) nos berlinenses, mas com uma história atípica e interessante junto...

Deixo-os com um aviso, um alerta sobre tentar falar em alemão com gatinhas trabalhando em bares de boates barulhentas: Pedir "Wasser" (água) é, sonoramente, muito parecido com pedir "Weiß Bier", pelo menos para cordas vocais pouco versadas na pronúncia alemã, e a vergonha de explicar para aquele sorriso lindinho que Sua Anta, Voce Errou! gera uma situação impossível, a de tentar parecer super cool e blasè encostado num canto na parede com um copão de meio litro de cerveja na mão.

Sugiro falar "Hi, do you speak english? yes? ok, can I have some water, please?"

Funciona BEM melhor...